Notícias!!

terça-feira, julho 06, 2010

Entrevista : Dr. Pedro Beraldo-chapa nº 1


Encaminhamos algumas perguntas aos candidados da chapa número 1 e chapa número 2, sobre os rumos da profissão de Fisioterapia, nosso objetivo é mostrar o que pensam os candidados quanto aos nossos próximos desafios, em tempos que a velocidades das informações , politização e mais engajamentos dos profissionais se tornam necessários. Não podemos mais ser meros expectadores de ver as coisas acontecerem e não nos posicionarmos com aquilos que está nos incomodando, que é a falta de politização do profissional, união entre os colegas, subordinações a outros profissionais, e resolutividade na conduta profissional. Muito Obrigado ao Dr. Pedro Beraldo da chapa número 1 que gentilmente enviou as respostas, as quais coloco-as aqui a entrevista. Ficamos também aguardando as respostas da chapa número 2 e tão logo recebamos iremos postá-las aqui.

Chapa Nº1 – Valorização e Reconhecimento (precisamos ser valorizados pelo que fazemos e reconhecidos pelo que somos)

1-( FISIOSENA) Como o senhor avalia a profissão de Fisioterapeuta atualmente, na sua opinião quais os maiores desafios que serão enfrentados por estes profissionais na próxima década?

R:(DR.PEDRO) vejo o fisioterapeuta como um dos principais “personagens” na construção de um novo modelo de saúde, baseado principalmente na promoção da saúde e prevenção de agravos a saúde. Nossos principais desafios, serão duas linhas de ações:

uma primeira linha de ação, diz respeito a necessária transformação que deverá acontecer no “fazer profissional”, precisamos mudar este modelo baseado em infinitos atendimentos, aos quais alguém intitulou “sessões”. Deveremos partir para uma reformulação dos nossos procedimentos, que estabeleçam prognóstico, metas claras a serem cumpridas e inclusive, sabendo respeitar os nossos limites, de acordo com cada doença e ou condição de saúde;

uma segunda linha de ação, diz respeito ao necessário crescimento político-administrativo. Precisamos amadurecer politicamente nas diferentes esferas, a começar pela saúde municipal, evoluindo para as demais esferas, inclusive fora da esfera direta da saúde, como o exemplo da educação.

2-(FISIOSENA) Em sua opinião, como você vê a questão do Ato médico?

R.(DR. PEDRO) Vejo, ainda, com muita preocupação. Trata-se de uma categoria profissional que já conseguiu o que enumerei na questão anterior. Existem pontos de conflitos com os fazeres da medicina e que precisam ser esclarecidos, inclusive para os próprios fisioterapeutas. Devemos ser aliados, parceiros, sem subordinação. Precisamos continuar atentos e unidos as demais categorias profissionais da saúde, só assim não conseguirão aprovar os projetos, da maneira deformada que ainda se encontram!

3-(FISIOSENA)Os profissionais de uma forma geral encontram dificuldades financeiras , sobretudo aqueles que dependem de convênios, o senhor acredita que o Crefito possa ajudar de alguma forma a solucionar este problema de baixos valores pagos pelos convênios, ou o senhor acredita que isto não é atribuição do Crefito?

R.(DR. PEDRO) As prerrogativas do Crefito, alem de cuidar para o correto e ético exercício das profissões que representa, é de zelar pela exação da fisioterapia e da terapia ocupacional. Devemos ter convencimento que a solução não é fácil, trata-se de um “ranço” de 40 anos de existência. Acredito que estes problemas devam exigir ações de curto, médio e longo prazo, as quais só poderão ser implementadas pelo fortalecimento profissional, quer seja do corporativismo, quer seja da corporação.

Uma profissão mostra-se forte na medida da sua organização e o Crefito8 poderá contribuir muito para este propósito. Aliás, já iniciamos este processo, construímos nesta gestão, a estrutura administrativa necessária e iniciamos o desenvolvimento corporativo por meio das associações, alem de iniciarmos o resgate do sentimento corporativista, de cada um.

4- (FISIOSENA)O conselho atual realizou várias reuniões no sentido de orientar os profissinais sobre o RNHF, o senhor acredita que este possa ser realmente implantado? qual seria as medidas necessárias para viabilizar esta implantação do referencial? Ou o senhor acredita que esta não é uma atribuição do Conselho?

R.(DR. PEDRO) O referencial é um instrumento possível a contribuir para formulação da nossa união. Por si só, ele é mais um documento. Em tempo oportuno, será obrigação dos Crefitos fazer cumprir o estabelecido no Referencial, más só isto não basta!

Na parceria e fortalecimento com as Associações, Sociedades e inclusive o próprio Sindicato, deveremos “deflagar” ações coordenadas a sua adoção. Precisaremos que os profissionais estejam muito envolvidos para que dê certo.

Quando o referencial foi implantado pela primeira vez, por volta de 1998, carecia de uma Resolução normatizadora e agora, precisamos amadurecer a sua implantação.

5-(FISIOSENA)Houve um grande crescimento da profissão, numericamente falando , no final dos anos 1980 e anos1990, com uma queda na década seguinte , com inclusive fechamento de instituições de ensino de graduação de fisioterapia , a quê o senhor atribui esta queda? Houve um crescimento indiscriminado de instituições de ensino? Muitos profissionais no mercado de trabalho , gerando baixos salários?

R.(DR. PEDRO) Acredito que a pergunta tenha sido inteligentemente elaborada e por si só, se responde. O que aconteceu, realmente, foi uma combinação de todas as pontos levantados. Eu costumo afirmar, que nestes quarenta anos de existência de nossas profissões, crescemos muito cientificamente, más nos esquecemos de crescer política e administrativamente.

6-(FISIOSENA)O senhor acredita que o Crefito possa ajudar os profissionais a ampliar o leque de atuação profissional, como por exemplo, Perícia Trabalhista e afins? Perícia do Detram? e outras áreas de avaliação disfuncional músculo-esquelética e neurológica? perícia do INSS ( doneças músculo esqueléticas), Com fornecimento de Laudos de valor civil e jurídico?

R.(DR. PEDRO) Sim. Tanto acredito que demonstrei, concretamente, esta intenção ao formular a Resolução Crefito8, de Nº. 41/2009, a qual trata das competências dos fisioterapeutas em Perícia.

A implantação da CIF, no sistema de saúde, será uma grande oportunidade para o nosso crescimento, principalmente nas áreas de promoção e prevenção, inclusive tratamento e cura.

Nas Blitz(s) da saúde, que desenvolvemos nesta gestão, objetivamos estimular os profissionais a perceberem que a “fidelização” do cliente é muito importante. Precisamos ajudar a população a mudar a cultura da medicalização e da hospitalização da saúde. Estimular a troca de um vidro de remédio por um atendimento fisioterapêutico e terapêutico ocupacional pode ser uma saída. Agora, para que a população acredite em nossos “fazeres”, é preciso resolver os problemas das pessoas, com poucos atendimentos!

7- (FISIOSENA)Quais as suas considerações finais?

R.(DR. PEDRO) Agradeço a oportunidade de falar aos seus contatos. Prezados colegas, não existe solução fácil, simples e definitiva para nenhum problema. O que precisamos é amadurecer enquanto profissões.

Eu e minha equipe já demonstramos do que somos capazes. Somos representantes que respeitam nossas profissões.

Fiquem atentos e prestem muito a atenção, exerçam sua memória política e veja tudo o que foi feito nesta gestão (em apenas quatro anos).

Quando alguém te oferecer algo, gratuitamente ou uma solução fácil, desconfie, pois este é um ensinamento de pai e de mãe e eles nos querem muitíssimo bem.

Espero poder continuar servindo nossas profissões e a decisão será sua.

Um forte abraço. Pedro Cezar Beraldo (Chapa Nº1)

* Nota:

SÓ ACEITAREMOS COMENTÁRIOS SE HOUVER NOME COMPLETO, E-MAIL, PARA QUE O CANDIDATO POSSO TER A RÉPLICA."QUEREMOS AQUI SER IMPARCIAL E AGUARDAMOS O PRONUNCIAMENTO DOS DEMAIS CANDIDATOS, CHAPA 2 E CHAPA 3.


Nenhum comentário: